Aborto: Direito ou Crime?

Mais uma vez o aborto está em pauta, um antiprojeto de lei que está sendo avaliado pelo Congresso Nacional, altera a lei que já permite o aborto no Brasil no caso de gravidez como resultado de estupro ou quando a gestação pode trazer risco de morte à mãe. O antiprojeto acrescenta nesta lei a permissão para o aborto em casos de má formação e anomalias irreversíveis no feto.

O assunto é um tanto polêmico já que envolve questões físicas, psicológicas e até religiosas. É fácil falar e julgar sem viver, pois pra quem "tá de fora" é fácil falar. Mas acho que acima de tudo temos que aprender que o aborto não se trata apenas de uma solução para mascarar nossas faltas de responsabilidade, nossos traumas e nossos medos.

Não é fácil lidar com uma gravidez que é fruto de uma violência, mas acho que uma violência ainda maior é fazer com que a gestante se culpe pelo resto da vida pela morte do prórpio filho, digo isto quando ela tem consciência do que está fazendo, pois muitas não são dignas de serem chamadas de mães.

Muitas pessoas que se dizem a favor do aborto, nem sabem o que realmente acontece, aliás muitas delas apenas "engolem" o que a mídia tem a dizer sobre o assunto e nem se interessam a ir mais a fundo.

O aborto vai muito além de um simples direito de escolha, se fosse assim você poderia escolher sumir com aquele vizinho chato que te encomoda e estaria tudo certo, mas a coisa não é por aí. O aborto é um assassinato disfarçado de solução.

É uma prática abominável, já que o feto já é sensível à luz e ao toque a partir da décima semana de gestação (geralmente o período de realização do aborto) e portanto sente na íntegra todas as dores de ter seus membros, já praticamente formados, sendo arrancados um a um e sem direito a anestisia.

Ou tendo seu crânio perfurado e seu cérebro sugado, ou ainda simplesmente agonizando fora do útero materno, onde por ser tão prematuro não tem condições de se manter vivo e acaba morrendo.

O aborto é tão ou ainda até mais hediondo que um homicídio premeditado, pois é comentido contra inocentes que não tem o poder de se defender. Ninguém tem o poder de decidir sobre a vida ou a morte de outra pessoa.

E não venham me dizer que é mais fácil aceitar o aborto quando as crianças não são desejadas pelos pais, pois elas acabam sendo maltratadas ou até abandonadas. Se fosse prático assim era só matar todos os órfãos ou os meninos e meninas de rua do o mundo. Cruel? Sarcástico? Nem tanto quanto essa afirmação insana.

E quanto às más formações ou deficiências mentais ou físicas, na minha opinião é uma forma, e das mais repulsivas, de "manter o padrão". Concordo que não é fácil educar e criar crianças especiais, mas o amor e o aprendizado que temos com elas compensa qualquer esforço.

Em casos de fetos anencéfalos, alguns psicólogos afirmam que é muito mais fácil que a mãe se conforme no futuro com a morte de seu filho do que se conforme de tê-lo matado sem nem ter dado a ele uma chance de ver o mundo, nem que seja uma única vez.

Em casos de estupro, realmente é difícil para a mulher aceitar a criança, mas isso não quer dizer que ela não possa vir a amar esse bebê, ou se isso não acontecer, ainda assim não acho que o aborto seja a melhor opção. Não é uma situação fácil, mas o aborto traz consequências muito piores.

Como vocês puderam perceber, sou firmemente contra o aborto, em todos os casos. Mas meu texto não tem a pretenção de mudar a opinião de ninguém sobre o assunto e sim que as pessoas se informem e conheçam mais a fundo o assunto asntes de sairem por ai pregando burrices do tipo "o aborto deve ser legal por que é direito da mulher opinar sobre seu próprio corpo", o corpo sobre o qual ela está decidindo não é o dela e sim o da criança, que nem pediu para ser gerada e está tendo sua setença de morte premeditada, sem direito a defesa.